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“Refluxos (dos abismos)”
Através do busto pelado
Cores e formas surgem no abstrato
Dores,
amores somatizados
Experimentando a luz e a sombra
que melhor convém
Transmutando-se adoidado
Por tempos e espaços inventados
Tecnologias com sonhos amalgamados
Respira ofegante sem saber o que é
e de onde vem
Com ou sem apego
ao futuro ou passado
O presente pulsante,
ativado
Dormindo
contente ou frustrado
Flutua leve e distante
como se fosse desdém
Orgânico e mecanizado
Seco ou molhado
Ensimesmado,
hibridizado
A esperança vibra
com a mudança constante
que o tempo mantém
O onírico é também vivenciado
Percebido,
imaginado
Sorrindo ou chorando
calado
Fugindo de memórias
que não mais querem meu bem
Quente ou gelado
Veloz ou parado
Desgarrado,
alucinado
Desatando nós
pra tentar ir ao infinito e além
Sombrio e centrado
Exposto,
cansado,
atentado
Aliviado,
enviesado
Sem saber as mentiras
contadas por alguém
Da vulva ao falo
Do estômago ao gargalo
Surfando em (re)fluxos solitários
Deslumbra-se alegre
erigido em múltiplos totens
Humano em demasiado
É, enfim, contemplado
Cancelado,
saturado
Imperdoáveis riscos enrolados,
descontrolados
Transformam o que era sujeito
em ninguém.
(Fredé CF - 13.02.2023)
#fotopoesiasmekhantropicas